Pude sentir ela ardendo... Pude sentir ela chorando e sofrendo, nada pude fazer! Pude ver suas pétalas caindo ao chão, sua cor assumindo um marrom acinzentado que não alegra o coração... E sobrou apenas talo, caule e restinhos de sementes alojadas em seu ventre... E o inverno chegou. a vida desfalecendo.. Então pairou ali a tristeza e o desconsolo... E quem a olhava já via seu fim bem próximo... Entre lábios mentirosos a julgava por isso e aquilo... Propunha erros não cometidos... Com palavras imundas alimentava a morte e seu desejo de tragá-la.
n Mas com justiça as mãos do mestre mudaram o tempo, a primavera chegou trazendo consigo suas companheiras de guerra... A alegria... Consolo... Confiança... Paz...
nE uma luz resplandeceu no poente, a morte batendo retirada gritava de dor, pois a luz a fazia arder... A luz era a vida...
nE a flor reviveu... Suas forças voltaram pude ver suas pétalas nascendo e cores vivas surgindo... E quem em volta dela estava floresceu também. As más línguas puderam confessar “vida”, e vida com abundâncias. Não mais apontaram o dedo e compreenderam o amor...
nE nesse momento você pode estar pensando... Mas que flor é essa? Quem é esta que remédio nenhum pode curar? Quem esta que só a mão do mestre pode salvar? Quer realmente saber que é ela?
nEssa flor chama-se alma, que desabrocha com vigor no peito de cada um... Muitas flores já puderam se alimentar desta luz e ainda se alimentam... Faça parte dessa luz que resplandece. Viva a vida, ame a vida... E ela não te desamparará!
(Anna Paula Granado Martins)
(Anna Paula Granado Martins)